— Vovô, vovô,
conta pra gente aquela história do moço com salva vidas!
— Está bem,
garotos, eu conto. Mas larguem esses IPhones, sei lá o quê de vocês!
"Eu estava
voltando da escola, era terça-feira, 15 de março de 2016. Um dia normal,
tirando que faltava um dia para o meu aniversário. Eu estava chegando em casa,
quando vi um moleque correndo, que me chamou a atenção: ele estava usando
roupas antigas e estava fugindo de umas 12 pessoas. Ele veio na minha direção
e, quando percebi quem era, puxei ele para trás de uma parede. Quando passou
pela esquina de casa, então eu disse:
— McFly?
Ele olhou para
mim com uma cara estranha e saiu correndo. Eu fui atrás dele. Segui-o até uma
rua perto de casa. Foi lá que eu vi o DeLorean.
Fui falar com o
Marty e perguntei o que ele estava fazendo em 2016 e quem eram aquelas pessoas
atrás dele.
Ele confiou em
mim e disse que foi para 2016 por acidente e precisava voltar a 1985, mas tinha
um problema: o DeLorean funciona à plutônio.
Perguntei a ele
onde arrumaria plutônio, já que não tinha nenhuma tempestade por perto? Ele
disse: "Da mesma forma como o professor Brown conseguiu: com terroristas."
E por isso ele
estava no Brasil: os terroristas escolheram um ponto de encontro em São Paulo,
por ser um lugar onde ninguém esperaria que uma célula terrorista estivesse.
Ele ia encontrar
os terroristas atrás do estacionamento do Extra, um lugar aberto, onde
geralmente ninguém passa.
Por segurança,
levei-o para casa e escondemos o DeLorean em um prédio em construção bem
discreto. No fundo do quintal de casa, planejamos o que fazer com os
terroristas, já que Marty disse a eles que iria fazer uma ogiva com o plutônio.
Ele tinha
marcado com os terroristas no dia 16, ou seja, dia do meu aniversário. Arquitetamos
um plano e ele ficou escondido no meu quintal até o dia seguinte.
Então, no dia
16, depois da escola, Marty foi falar com os terroristas, enrolando-os. Eu
peguei o plutônio que estava em uma caixa, coloquei em um frasco e deixei a
caixa onde estava. Fui até o DeLorean, que estava estrategicamente posicionado
atrás do Extra, coloquei uma roupa anti-radiação e coloquei o plutônio no
DeLorean.
Liguei o carro,
acelerei em direção aos terroristas, deixando-os desnorteados!
Marty pulou no
carro e mudou de lugar comigo. Saímos em disparada para longe.
Já pronto para
voltar para 1985, me agradeceu:
— Posso fazer
algo por você?
— Então, McFly,
tem uma coisa sim..."
— Então,
garotos, no mesmo dia, encontrei um livro na porta de casa, com os resultados
da MegaSena até 2061. E foi assim que eu fiquei rico.
— Mas, vovô, e
os terroristas?
— Os
terroristas? Deles eu nunca mais ouvi falar!
(Guilherme Martins Fernandes, 9º ano, 2016)