sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

2014 - Último soneto, por Annelise Richter

Inauguramos as postagens do ano com um belo soneto escrito por nossa aluna do nono ano:



Último soneto

Abro a janela,
O vento, frio.
Dos pássaros nem um pio
Para consolar minha alma ou o que há nela.

Deito-me, então.
Meu mundo, já sem cor.
Enquanto isso, murcha a flor
Da juventude eterna que se chama "coração".

Ah, quem me dera agora
A felicidade que eu tinha
E que há tanto tempo foi embora.

E, enquanto aquela folha cai,
Com a sua, minha vida lentamente
Se esvai...


(Annelise Richter, 22/04/13)