Último soneto
Abro a janela,
O vento, frio.
Dos pássaros nem um pio
Para consolar minha alma ou o que há nela.
Deito-me, então.
Meu mundo, já sem cor.
Enquanto isso, murcha a flor
Da juventude eterna que se chama "coração".
Ah, quem me dera agora
A felicidade que eu tinha
E que há tanto tempo foi embora.
E, enquanto aquela folha cai,
Com a sua, minha vida lentamente
Se esvai...
(Annelise Richter, 22/04/13)
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